sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MEC estuda aumentar em cinco vezes o banco de itens do Enem

Para evitar uma crise como a que aconteceu com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano, quando estudantes de Fortaleza tiveram acesso a questões da prova dias antes de sua aplicação, o Ministério da Educação (MEC) deveria aumentar em pelo menos cinco vezes o chamado Banco Nacional de Itens (BNI), dizem especialistas ouvidos pelo GLOBO.
Foi deste banco que saíram todas as perguntas da prova, inclusive as 14 questões vazadas para 639 alunos do Colégio Christus. Segundo o MEC, o BNI tem seis mil itens. Todos foram submetidos a estudantes no pré-teste, aplicado em cerca de mil escolas e universidades do país de 2009 a 2011. Para o ministério, esse número de itens é suficiente, e o mesmo banco servirá de fonte para as duas edições do Enem 2012. Mas professores dizem que esse montante deveria ser muito maior.
Desta maneira, mesmo que um colégio repasse questões do pré-teste para seus alunos antes do Enem, o risco de essas perguntas coincidirem com aquelas que cairão na prova seria bem menor. Para Tufi Machado Soares, professor do departamento de Estatísticas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o banco deveria ter, pelo menos, 40 mil itens. 
— A seleção dos itens no BNI para elaborar a prova não é simples. Tem que obedecer a critérios estabelecidos pelos especialistas (testar competências e habilidades e diferentes níveis de dificuldades). Num banco de seis mil questões, é possível que haja lacunas. Se o banco fosse suficientemente grande, mesmo que questões vazassem ou fossem roubadas, as chances de coincidir com aquelas usadas no Enem seriam de praticamente zero — explica Soares.

COMENTÁRIO: O MEC não para de nos surpreender, um banco de 6000 questões para todas as áreas é ridículo. Eu tenho um banco maior de questões só de Biologia..

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