terça-feira, 6 de março de 2012

Cientistas russos “ressuscitam” planta de 32 mil anos atrás


Não é todo dia que se posta um feito histórico no mundo científico.
Mas o anúncio feito essa semana por pesquisadores da Academia Russa de Ciências, caso seja confirmado e repetido em futuros experimentos, pode ser considerado da mesma categoria do feito alcançado pelos cientistas escoceses que criaram a ovelha clone Dolly, em 1996.
Eles conseguiram fazer germinar sementes da espécie Silene stenophylla que estavam enterradas no solo  permanentemente congelado (também conhecido como permafrost) da Sibéria desde entre 31,5 e 32,1 mil anos atrás (Período Pleistoceno).
Esse é um recorde para  ”ressurreição” de vegetais. Até então as sementes mais antigas que se tinha conseguido fazer germinar eram de tamareiras e de flores-de-lótus que tinham cerca de 2 mil anos.
Como funcionou  a experiência
Tudo começou em 2007, quando frutos e sementes dessa e de outras plantas foram encontradas em tocas, pouco maiores que uma bola de futebol, feitas por esquilos pré-históricos e situadas a 38 metros de profundidade.
A escolha da Silene stenophylla para a experiência inédita se deu pela já conhecida resistência da espécie, que ainda existe na atualidade, embora apresente diferenças consideráveis dos exemplares que viveram no Pleistoceno.
Uma vez selecionados os frutos e as sementes em melhor grau de preservação foram colocados em ambiente nutritivo. Após um tempo surgiu o primeiro germe que foi exposto à luz e se tornou verde em dois dias. O broto foi em seguida plantado no solo e germinou.
De acordo com um dos cientistas que coordenou o experimento, Stanislav Gubin, “foi um autêntico milagre ter conseguido esta germinação de uma semente com 30 mil anos de idade.”
Mamutes podem ser próximos na lista 
O estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) abre uma série de possibilidades que vão desde a melhor conservação de espécies que habitam regiões frias até a recriação de espécies extintas.
Vale lembrar que o permafrost siberiano é rico em “múmias” e fósseis de animais extintos após as últimas glaciações, tais como os gigantes mamutes, que chegaram a sobreviver em ilhas russas  até cerca de 3700 anos atrás.
Alguns exemplares dos corpos desses verdadeiros “elefantes peludos” encontram-se em relativo bom estado de conservação e estão sendo alvo de estudos e experimentos na tentativa de se produzir clones.

COMENTÁRIO: Nunca devemos duvidar do poder da vida. Ela sempre encontra um meio para nos surpreender. É com essa notícia , que devolvo vida ao blog e prometo atualizá0lo semanalmente.

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